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Especificando Transmissores de Pressão

  • Conrado Barbosa
  • 15 de jan.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 22 de jan.


Hoje iremos dar inicio aos estudos sobre Transmissores de Pressão, um item de grande importância para o processo de monitoramento de dados em plantas industriais.


No mercado brasileiro temos muitos fornecedores deste tipo de equipamento, os mais conceituados são:



Antes de seguirmos para o passo a passo do processo de especificação, irei explanar de uma forma resumida sobre o que é este item.


Afinal, o que é um transmissor de pressão:

Trata-se de um dispositivo usado para medir a pressão de gases ou líquidos e convertê-la em um sinal elétrico que pode ser interpretado por sistemas de controle e indicadores.


Principais componentes de um transmissor de pressão:

  • Sensor de pressão: Detecta a pressão do fluido ou gás. Pode ser piezoresistivo, capacitivo, piezoelétrico, ou baseado em outras tecnologias.

  • Transdutor: Converte a pressão detectada pelo sensor em um sinal elétrico analógico.

  • Circuito eletrônico: Amplifica e condiciona o sinal elétrico para que seja transmitido de maneira precisa.

  • Invólucro: Protege os componentes internos contra condições ambientais, como poeira, umidade e corrosão.


Os transmissores de pressão são dispositivos fundamentais, sua importância pode ser destacada nos seguintes aspectos:


Controle de Processos

  • Monitoramento Contínuo: Fornecem medições em tempo real para controlar variáveis críticas como pressão em tubulações, vasos de pressão e sistemas de transporte de fluido.

  • Automação Industrial: Integrados a sistemas como PLCs (Controladores Lógicos Programáveis) e DCSs (Sistemas de Controle Distribuído), ajudam a manter condições ideais de operação.


Segurança

  • Prevenção de Falhas: Detectam sobrepressões ou quedas de pressão que podem indicar problemas como vazamentos, obstruções ou falhas mecânicas.

  • Proteção de Equipamentos: Reduzem o risco de danos a bombas, compressores, válvulas e outros equipamentos sensíveis a variações de pressão.

  • Prevenção de Acidentes: Em indústrias como petróleo e gás, ajudam a evitar explosões e outros eventos perigosos.


Eficiência Operacional

  • Otimização de Energia: Permitem ajustes precisos em sistemas hidráulicos e pneumáticos, reduzindo o consumo de energia.

  • Aumento de Produtividade: Garantem que os processos operem dentro de faixas ideais, maximizando a eficiência e reduzindo desperdícios.


Qualidade de Produção

  • Conformidade com Especificações: Controlam a pressão durante etapas críticas de produção, garantindo que o produto final atenda aos padrões de qualidade.

  • Repetibilidade: Fornecem dados consistentes para evitar variações indesejadas no processo.


Análise e Diagnóstico

  • Identificação de Problemas: Dados de pressão ajudam a diagnosticar condições anormais, como entupimentos, vazamentos ou mau funcionamento de equipamentos.

  • Manutenção Preditiva: Combinados com sistemas de monitoramento avançados, permitem prever falhas antes que se tornem críticas.


Conforme prometido, acima trouxe um resumo deste equipamento.

Feito isso, avançaremos para o próximo passo que é a especificação.

Abaixo segue o passo a passo para o processo de especificação de um Transmissor de Pressão:


Tipo de Medição de Pressão:

  • Pressão Manométrica;

  • Pressão Absoluta;

  • Pressão Diferencial.


Faixa de Medição:

  • Pressão mínima e máxima;

  • Pressão de Projeto (Para definir margens de segurança para evitar sobrecarga do sensor).


Fluido:

  • Estado do fluido: líquido, gás ou vapor;

  • Propriedades químicas: corrosividade, viscosidade, etc;

  • Temperatura e densidade do fluido.


Local de Instalação:

  • Temperatura ambiente mínima e máxima;

  • Presença de umidade, poeira ou substâncias corrosivas;

  • Classificação do ambiente: padrão ou áreas classificadas (à prova de explosão, intrinsecamente seguras, etc.).


Material de Construção:

  • Compatibilidade dos materiais em contato com o fluido (aço inoxidável, hastelloy, etc.);

  • O local de instalação definirá o tipo de material de construção do invólucro.


Tipo de Conexão ao Processo:

  • Conexão mecânica (flanges, roscas, etc.);

  • Tamanho da conexão (1/4", 1/2", etc.);

  • Necessidade de selos diafragmas.

    • Selos diafragmas são necessários quando trabalhamos com fluidos corrosivos, tóxicos ou que sofrem polimerização em caso de não existem um processo de inertização do sistema após a utilização.


Sinal de Saída:

  • Analógico: 4-20 mA (mais comum), 0-10 V, etc.;

  • Digital: HART, Modbus, Profibus, etc.


Precisão e Estabilidade:

  • Nível de precisão necessária (Exemplo: ±0,1%, ±0,5%);

  • Estabilidade ao longo do tempo.


Classificação de Proteção:

  • IP ou NEMA para proteção contra água, poeira e impactos;

  • Requisitos de proteção para áreas perigosas (Ex d, Ex ia, etc.);

    • ATENÇÃO: Muito cuidado com este item, pois uma especificação correta neste tópico, poderá comprometer toda a proteção do sistema.


Montagem:

  • Local de instalação (horizontal, vertical, remoto);

  • Necessidade de suportes ou acessórios de montagem (Exemplo: Grampo U).


Requisitos Específicos do Cliente:

  • Certificações (ATEX, IECEx, FDA, etc.);

  • Testes ou inspeções especiais;

  • Calibração do equipamento;

  • Documentação técnica adicional.

    • ATENÇÃO: Muitos fornecedores cobram valores adicionais para fornecimento de certificados, testes e documentação adicional como databook, ou seja, certifique-se de inserir estas informações em sua especificação.


Todos os tópicos acima se mal especificado, terão impacto direto a qualidade da informação a ser obtida e durabilidade do equipamento, ou seja, procure coletar dados do processo e instalação com máxima precisão antes iniciar a especificação.


Em caso de dúvidas, consulte a C4B Engenharia e Soluções Industriais para auxiliar neste processo de especificação.


Entre em contato e solicite seu orçamento sem compromisso.






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